A história da arquitetura de Portugal

Desde o segundo milénio antes do nascimento de Cristo, que há no território conhecido, hoje, como Portugal, edifícios importantes no panorama da arquitetura nacional. 

Construída antes da chegada dos romanos, a Citânia de Briteiros, em Guimarães, é um bom exemplo da arquitetura autóctone, desenvolvida na Idade do Ferro. As casas eram redondas, de granito, sem argamassa, e organizadas em castros – pequenas comunidades no alto das montanhas, rodeadas por estruturas defensivas.

Período romano

A arquitetura portuguesa se desenvolveu de forma significativa com a chegada dos romanos, no século II a.C., evoluindo para um estilo mais mediterrâneo já existente na época. Os romanos construíram um conjunto considerável de infraestruturas e estruturas de suporte para os assentamentos mais importantes, como estradas, aquedutos e pontes. São muitos os vestígios dessa época espalhados por todo o território nacional, cumprindo funções variadas como habitações, teatros, templos e outros edifícios públicos. Conímbriga, o Teatro Romano e as Termas dos Augustais em Lisboa, o Templo Romano em Évora e as Ruínas do Cerro da Vila em Vilamoura são bons exemplos disso.

Período muçulmano

No século VIII, a Península Ibérica foi ocupada pelos muçulmanos. As influências romanas na arquitetura já tinham se perdido após as invasões bárbaras. As cidades eram aglomerados de casas mal equipadas, as ruas eram esgotos a céu aberto e havia igrejas cristãs que tinham sido erguidas – religião esta recém-estabelecida. Os muçulmanos deram nova vida à arquitetura civil, militar e religiosa. Mesquitas e palácios foram erguidos, organizando as cidades da época. Os materiais mais usados ​​eram a taipa, às vezes, intercalada com alvenaria de pedra. 

Românico (1100-1230)

Sob o comando do conde Henrique, fundador da Casa da Borgonha em Portugal, um grupo de nobres e monges franceses introduziu gradualmente o românico no país. Durante a Reconquista, muitas igrejas foram construídas neste estilo, com a intenção de reconverter as populações à fé cristã. É devido ao fato da Reconquista ter partido do norte de Portugal, a sul de Lisboa, que não há vestígios de arquitetura românica.

Gótico (1230 – 1450)

O gótico chegou mais tarde em Portugal se comparado com as demais regiões da Europa, concentrando-se principalmente no centro do país, principalmente difundido pelas ordens mendicantes. Muitas igrejas e sés românicas foram alargadas com um transepto gótico ou com elementos desse estilo. Exemplos: Sé do Porto, a Sé de Évora e o Convento de Cristo em Tomar.

Renascimento e Maneirismo (1520 – 1650)

O austero classicismo renascentista não prosperou em Portugal. Introduzido a partir da década de 1530 por arquitetos estrangeiros, evoluiu naturalmente, mas lentamente, para o maneirismo. O pintor e arquiteto Francisco de Holanda no livro “Diálogos sobre a Pintura Antiga” divulgou seus fundamentos.

Barroco (1670 – 1755)

O ano de 1697 é uma data importante para a arquitetura portuguesa. Naquele ano foi descoberto em Minas Gerais, no Brasil, ouro, pedras preciosas e diamantes. A extração destes materiais enriqueceu muito a coroa portuguesa, que cobrava taxas altíssimas para a sua exploração. Este acontecimento fez de Portugal o país mais próspero e rico da Europa do século XVIII. 

O rei Dom João V tentou rivalizar com o rei francês Luís XIV (o Rei Sol), construindo tantos edifícios luxuosos quanto possível. O rei português, ao contrário de Luís XIV, não tinha arquitetos nacionais disponíveis para executar seus planos megalomaníacos. Portanto, o grande dinheiro vindo do Brasil serviu para contratar arquitetos que projetaram inúmeras obras, algumas delas nem mesmo concluídas.

Obs.: O Barroco evoluiu naturalmente para o Rococó, que foi desenvolvido principalmente no norte do país. Um exemplo desta época é a obra do arquiteto italiano Nicolau Nasoni, a igreja e a Torre dos Clérigos do Porto.

Estilo pombalino (1755-1780)

No terremoto de 1755 e no tsunami que se seguiu destruiu grande parte da capital portuguesa. D. José I e o seu Primeiro-Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (o Marquês de Pombal) organizaram um grupo de homens para reconstruir a Baixa.

Neoclassicismo (1780 até o final do século XIX)

Pelo fato de surgir numa época muito conturbada, o Neoclassicismo em Portugal desenvolve-se de forma muito própria, debatendo-se com problemas artísticos, econômicos e políticos, impondo uma periodização diferente do resto da Europa.

Assim, o estilo permaneceu, ao lado do romantismo, até o início do século XX. Considera-se que em termos internacionais o Neoclassicismo surgiu entre 1750 e 1760, enquanto que em Portugal, tal começou a se desenvolver na década de 1770, com a construção do Royal Riding (atual Museu Nacional do Automóvel), em Lisboa, e o Hospital de Santo António, no Porto.

Início do século 20. XX (1900-1920)

  • Nova arte;
  • Arquitetura Industrial; 
  • Primeiro modernismo (1920-1940); 
  • Pardal Monteiro como destaque dentre a nova geração, projetando vários edifícios: a habitação na Av. 5 de Outubro (Primo Valmor), Instituto Superior Técnico e a Estação Ferroviária do Cais do Sodré.